sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ESTOU A DESABAR...

Deixo que minhas lágrimas caiam livremente

Não há porque meus soluços esconder
Minha alma sufocada na amargura que sente
Entrega-se à solidão que neste momento me está a abater.


Meu corpo ressente tamanho desânimo,
Que deitado, sem vontade para ao menos me levantar
Vejo a penumbra do meu quarto aos poucos ser trocada
Pela escuridão de mais uma noite a pensar


Meu coração bate acelerado e em meio à dor
Deseja simplesmente tudo esquecer dormindo,
Para quem sabe desta forma destruir esse vazio
Que dói, dilacera e está me destruindo.


Não me importa os olhos inchados pelo choro
Se as pessoas não me conseguem entender
Para mim neste momento não importa nada
Vejo minha vida, pelos vãos dos meus dedos escorrer.


Não consigo lutar contra o que sinto
Minhas lágrimas e minha dor aqui retrato agora
Minha alma angustiada se entrega a esse vazio
Eu queria sumir, ir para longe, ir embora.


Como se lá, onde ninguém pudesse me encontrar
Essa dor esquecesse de mim por um momento.
E meu coração encontrasse na solidão o alívio
E tirasse de dentro da alma esse sentimento.


Mas a dor que existe em mim, é tão palpável
Que tudo em mim parece meu desespero retratar
Assim minhas lágrimas traduzem minha angústia
E são os reflexos do que não posso na alma calar.


Assim eu entrego, minhas lágrimas a essa escuridão
Que sobre meu corpo desce de forma total
E coloca em meus olhos um brilho tão triste
E revela que dentro de mim há um frio mortal.

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